Sequestro de Amor

Antes da Pandemia, sabia-se, porém não se notava muito: Uma mínima quantidade de humanos abraçou a maior parte das riquezas da terra de Deus, retendo-as para si, por tanto, a riqueza de todos nós; e a grande maioria da população mundial sobrevive ou luta pela sua sobrevivência, e muitos estão na indigência. Chegada a Pandemia essa porcentagem mínima de habitantes do Planeta não se priva de nada, porque a final, acumularam muito mais que o suficiente, e enquanto os outros se debatem por viver, e muitos trabalham dia e noite por ajudar à grande massa sofredora pela carência do indispensável, para encurtar e até mesmo eliminar a Pandemia, a favor também daqueles humanos erráticos, isolados, baseados nos bens que acumularam em quase todo caso desonestamente, e até se passeiam zombando da maioria de seus irmãos.

Dentro da Pandemia, e devido à sua prolongação indefinida, ameaçante, e que já danificou tanto à humanidade, sobra outro segmento social “novo”, que não pertence aos insensíveis e desumanos mais abastados, nem à classe média que ainda pode se manter, e tampouco às classes mais vulneráveis, entre os que estão também muitíssimos trabalhadores e gente determinada em se manter honesta; uma classe de pessoas positiva, cheia de fé, honesta e solidária, e que mesmo assim é como que agora não só é assediada pela classe mais selvagem e maligna de sempre, mas também pelo próprio Deus. Esta situação nos leva ao Livro sagrado do justo Jó.

A gente não tem por inimigos aos que possuem demais; se fazem inimigos por explorarem e se aproveitaram do sofrimento alheio, e até escarnecerem aos seus semelhantes. Os amigos só podem ajudar com bons conselhos, e seria provável que seus testemunhos de vida lhes tolere erigirem-se juízes e condenadores dos que mais estão sofrendo; bom. A casa destes também vai cair. Vejam. Jó não era um qualquer; fora acreditado pelo próprio Deus como um dos mais justos da terra, e ele conseguia aguentar toda intolerância, mau trato, insensibilidade, escárnio; só não pode resistir a Deus.

Chegada esta situação, não vira inservível a fé, nem fracassa o crente; só está acontecendo que Deus dá as maiores batalhas aos que mais fé possuem, e mais andaram com Deus em silencio, com paciência, como uma amostra da paciência de Deus, e ai, entrando nesta dimensão, Deus e nós; nós e Deus nos transformamos em um só no infinito e eterno, transpondo todos os limites, e vencendo todos os inimigos.

Esta novela é como conseguir sequestrar a menina de nosso sonho, nosso coração, e esconder-nos na infinitude do amor, longe de todo usurpador, ambicioso, cobiçoso, malévolo, a desfrutar o céu na terra, num mato, numa ilha. Ou como aquele privilegiado a se unir ao óvulo materno para SER, onde a carreira selvagem e brutal dos outros descarta-se para sempre.

Nessa simbologia o multimilionário David viu ao templo em Jerusalém como a maior riqueza onde morar talvez apenas um dia: “um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade”.

Tudo pode faltar e todos podem falhar, mas o sequestro de Deus em quem confiamos, é um sequestro que virou amor, quando todos os egoístas e exploradores forem julgados pelo Deus justo de Jó, e nós mesmos capturemos Deus para toda a eternidade.  

TitoBerry


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Sexo e a Sexualidade do Cristão:

A Precursoria do Anticristo

Sínodo das Irmãs e os Irmãos