O Sexo e a Sexualidade do Cristão:

 

Começarei resumindo, e espontaneamente, sem copiar nada e sem “contestar” a ninguém, senão simplesmente motivado a suprir uma necessidade:

Há um tempo atrás examinei uma estatística da Revista Ultimato, de linha eminentemente presbiteriana, e achei nela que ao redor de treze milhões de moças e moços evangélicos casariam virgens. Fiquei chocado de ver que há um cristianismo fortemente moralista, porém, equivocado.

A essa ação chamamos fornicação. A fornicação é como quando a gente ofende à mãe. Não tem coração “humano” que aguente vê-la chorar por isso. Justo o filho, a filha!

O principal propósito de Deus ao nos dar o Sexo, é fazer dos humanos seus guerreiros CONTRA SATANÁS, dotados da faculdade de criar mais pessoas que se somem aos Exércitos de Jeová e derrotemos ao grande Corruptor da humanidade e inimigo de Deus, e para que não fôssemos fabricadores de soldados “por obrigação” como os animais, Ele colocou no nosso Sexo a eroticidade para que sejamos cúmplices dele com prazer.

Mas, em vez de gerar soldados para Deus, usamos o Sexo apenas para a gente gozar, e terminamos gerando para o Diabo. Deus não aguenta; tem de chorar! De que adianta gerar para Deus e depois usurpar a filha, o filho querendo que seja MEU, ou MINHA? Esta é uma brecha que o Diabo conhece muito bem.

As pessoas “cristãs” que se focam obsessivamente no problema chamado “pecado”, não estão sendo genuinamente cristãs, senão iguais aos do mundo hipócrita que pecam, mas se focam no pecado do outro, ou exageram o dos outros, e o fazem insignificantes os seus.

A Bíblia afirma tacitamente em pelo menos três lugares do Novo Testamento que Jesus REMOVEU o pecado do centro dos problemas humanos, mas, nem somente pentecostais, como presbiterianos principalmente, falam muito mais do pecado antes que de Cristo. Isso é pecado! E grosso!

Quando cheguei ao casamento virgem, achava que era o normal, porque fui “obrigado” a ver só pecado na Bíblia, e não ao perdoador, justificador e salvador dos que cometem pecados, e que o pior pecado seria a fornicação.

Contudo, ainda creio que a mãe de todos os pecados é a COBIÇA, e a mãe de todos os pecados sexuais é a FORNICAÇÃO, e provo pela Bíblia, porém, SABER não me eximiu de pecados diversos escondidos no meu coração. Me preocupei de não cometer o mais visível, e que desarticularia minha sincera devoção e minha compromissada espiritualidade, mas, casei achando-me superior aos demais humanos, ao percorrer a vida de casado e ver e saber que este e aquele fornicaram, até explodir a bomba: Minha finada esposa confessou sua vida minada de fornicação, e ai Deus começou a derrubar meu mito da castidade.

Não que renegasse contra o que vivi, senão porque meu troféu era um pecado maior que milhares de fornicações; um verdadeiro falso deus.

Posso afirmar sobre a base de minha própria experiência, e da maioria dos treze milhões de brasileiros virgens e casados, que a nossa castidade é o grande problema para a harmonia conjugal; acompanhei muitíssimos casos e vi que quem sofreu sexualmente antes de casar, e quem gozou também sexualmente antes de casar, carregam no matrimônio suas marcas e seus caracteres e condutas instalam no matrimônio e na família a instabilidade por ocasião da infelicidade oculta, que ainda quando confessam, o lado virgem nunca entende e nunca perdoa, e isto de nunca perdoar é tanto uma realidade judaica [Pr. 6. 32-35] como cristã humana e natural [Mt. 5. 25-26].

A experiência sexual antes de casarmos é como um ladrão dentro de casa; seja que queira deixar o vício, ou já deixou, ou ame seguir roubando, porque sua vida passada foi feliz somente com seus sucessos nos assaltos e furtos. Isto afirmo tanto pela fornicação, como pela castidade. A única possibilidade que temos de ser um matrimônio feliz, é tendo um passado igual cada um.

Seria melhor que ambos tenham sido fornicários, ainda que tiverem que viver em contenda, mas, acostumados a pecar, seguiriam convivendo “em paz”; na paz do mundo.

Agora, pretender ter a paz de Deus no casal nunca será possível com apenas perdoar. O que o outro gozou é real, e quando não goze ainda mais com você, a crise explode, e em múltiplas situações injustas o casto sofre o indescritível, sabendo ou não da vida passada do seu parceiro, e não entende por que, e muitos se separam por esse desentendimento anônimo.

Deus não está nem ai, com nossas fornicações e castidades. Só buscou uma virgem por milênios, porque queria se encarnar sem a participação de homem pecador, mas, uma vez que esse ato não se repetirá, e não somos Deus, qualquer outro pecado [que bem pode ser o mito da castidade], como em José, nos inabilita trazer a nós e conter Deus. Nós, todos, hoje, ocupamos o lugar de José, também os 13 milhões de meninos e meninas “evangélicos” e eu.

Deus nos deu o Sexo e a Sexualidade além de ser para gerar soldados e soldadas, com a [e não “para a”] capacidade erótica para nossa felicidade, e agora Ele não vai nos castrar permanentemente para que não pequemos.

A final, o pecado em nossa Sexualidade não respeita nem a castidade. O que devemos aprender é que o pecado já nãos mais nos governa, que podemos ter domínio próprio, e administrar nossa Sexualidade da melhor maneira passível, na graça de Deus, e a não dar lugar ao Diabo, fazendo de nosso Sexo uma ferramenta, e de nossa Sexualidade um território de guerra a favor de Satanás.

Qualquer brecha pode avantaja-lo, e isso será como ofender nossa mãe para Deus.

Se um do casal pecou em fornicação, e o outro edificou um ídolo chamado castidade, não precisam terminar em divórcio; devem buscar em Deus a reconciliação, a tolerância, o perdão, e a harmonia, com reconhecimento genuíno de seus pecados na comunhão diante Deus, e na posterior conduta.

O ideal criado por Deus é que as pessoas cheguem ao matrimônio virgens; mas esse ideal terminou apenas se consumou o primeiro casamento de Adão e Eva, e nunca mais foi tão fácil conseguir-se.

Esse casal gerou uma humanidade anti-virgindade, e não é com doutrinas e estatutos de igrejas de homens que vão nos livrar desse status humano. Para pior, “demandas sociais” feitas por pecadores, hipócritas.

<<Há, mas eu quero livrar aos meus filhos das desgraças que trazem a prática da fornicação>>. Não precisa, irmão. Jesus sabendo que esse mal era pandêmico, deu sua vida por todos para perdoar a cada um, qualquer fosse o pecado. De 100 humanos meninas e meninos, não espere nem1 % de virgens, e não faça que nem Sancho Pança e Dom Quixote da Mancha, ficar batendo em moinhos de ventos. O pecado ficou lá na cruz; o do fornicário e o do casto também.

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