A poderosa arma espiritual do Silencio
Para um pentecostal, é mui difícil fazer silencio diante de Deus, e nas reuniões e encontros interpessoais. Na Igreja em seus começos, os barulhentos e os silenciosos coabitavam; também pessoas de pelo menos dez nações com culturas diferentes na época. O apóstolo Paulo até recomendava que uma igreja local imitasse ou compartilhasse as suas coisas boas para edificação. Mas, hoje a Igreja é pouco visível, pois, se congrega por doutrinas, denominações e capacidade financeira, principalmente.
Elena estava ciente de que em vez de melhorar em sua saúde, cada hora piorava e não havia para ela nenhuma esperança de mudança, se não fosse um milagre. Um parente dela, dos ucranianos, conhecido como “evangelista” pelas suas campanhas de cura, declarou numa quinta, em oração bem barulhenta, que ela sararia completamente. No sábado seguinte Elena faleceu.
Quando meu pai já fazia quinze dias estava em coma profundo, e tinha já se despedido de cada filho, consegui viajar do Brasil até a Argentina, e sem nenhuma palavra dirigida a ele, senão apenas dando uma ordem no seu ouvido, segundo o Senhor me orientou, ele reviveu no instante, e orou comigo e me reconheceu.
Quando minha mãe já tinha passado por várias tentativas da família por mantê-la viva e saudável, e não melhorava senão que definhava, cheguei a ela desde o Brasil, e colocando três dedos de minha mão direita sobre sua testa, orando só em silencio, ela descansou.
Elena pediu-me ler um capítulo de um livro com o subtítulo “Quando Deus faz silencio”. Terminei de ler, e ela falou: “Se Deus não fala, quer dizer que eu também não devo falar”, e fechou a boca por dois dias até partir em absoluto silêncio.
Morrer não é pecado. Morte provocada é pecado. Mas, o silencio é necessário não apenas pela chegada da morte, senão, muito mais em nossa vida na terra. Uma hora de madrugada no monte, sacrifícios, ofertas; um mês ou anos de oração e jejum não valem o que um minuto de silencio resolve, quando nos baseamos totalmente no falado por Deus, e não devendo nada ao Diabo e os demônios, como Jesus disse: “Ele não tem nada em mim...”. Mas, é mais fácil e lucrativo para o ego bater boca com o Diabo e os seus demônios, ou ver Deus como nos obedecendo, do que fazer o silencio oportuno, nas condições próprias de cada caso, segundo a direção de Deus e nossa absoluta confiança nele e em sua Palavra.
Nunca deveríamos aceitar falastrões espiritualistas, cridos ser o que não são -enviados de Deus-, forçando um milagre, uma cura, uma solução de problema, e a fugida do Diabo e a derrota dos demônios. “Minha fé” nunca pode contrariar a Palavra de Deus nem suplanta-la. Não podemos tentar a Deus (Sal. 106. 14).
No tempo terreno de Jesus e os Doze, mais Paulo, tais benefícios do Evangelho eram para os não salvos ainda, e meninos na fé (Mr 16. 15-20; Atos 10. 38; 1 Co. 2. 1-5); já os salvos, e comprometidos como Igreja, (At. 21. 12-14) deviam viver em sintonia com a vontade de Deus para o que Ele determinar. É fácil para o cristão orar, pois, é sua própria respiração, mas vigiar acostuma ser difícil, porque é olfativo e sensitivo diferenciador do bom e do mau, que precisa mais saúde que para orar, e maior capacidade de captação externa.
Quando aprendemos a vigiar, cuidamos mais de nosso relacionamento com Deus, e de permanecermos irresolutos em vencer o Inimigo, do que preocupados com as circunstâncias problemáticas. Para tanto, o silencio é uma poderosa arma, mas nunca condicionada pelo Inimigo nem forçada pelos problemas, senão sempre alinhada com o Soberano Deus. Ele nos ensina quando fazer silencio, e este silencio não será de privar-nos de orar, senão de apagar nossas ideias, crenças, teologias, convicções, experiências, desejos, presunções, e por outro lado fechando brechas, e fazendo tudo o que o Espírito nos guia, e pararmos de dialogar com o Diabo e os demônios, e de contender com Deus. Quando aceitamos a vontade de Deus, e colocamos o Diabo debaixo de nossos pés como Corpo de Cristo com todos na localidade, está na hora de fazer silencio aguardando a manifestação amorosa e poderosa de Deus; da igreja mesma, segundo 2ª Co. 1, 3-11, e ver a desgraça do Inimigo, para gloria de Deus.
Assim
como Deus guarda silencio, “por amor”, também demanda que nos calemos em casos pontuais, maiormente quando cansa de nossas promessas não cumpridas, nossas
liturgias legalistas e religiosidades (Isaías 1. 2-20). A falta de praticarmos
o silencio, leva a muitos à apostasia, quando detestam a verdade, e os
verdadeiros, em troca dos anti-Cristo (2 Tm. 4. 3-4).
Miquéias 4. 9 diz: "... Por que tamanho grito? Não há rei em ti? Pereceu teu conselheiro? Apoderou-se de ti a dor como da que está para dar a luz?", e do Messias Isaías 42. 2 profetiza: "Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça". não é questão de fazer doutrina disto e separar-nos por causa de gritos e silencios, senão de alinhar-nos com a vontade de Deus no lugar e o momento que forem oportunos.
Miquéias 4:9
Miquéias 4:
Tito Berry

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